Saturday, July 21, 2007

Arctic Monkeys @ Coliseu dos Recreios

Coliseu dos Recreios - 18 de Julho, 2007

Foi Beatlemania pura. Pronto, “pura” não foi, mas esteve lá perto. E há proceder à substituição do termo por Arcticmania. Nunca tinha visto nada assim. O ambiente no Coliseu dos Recreios foi indescritível. E eu, sendo meramente “simpatizante” da banda, senti-me um verdadeiro outsider no meio de mais de três mil pessoas eufóricas, cantando as músicas do início ao fim como se de um desfile de singles, lançados ao longo de uma carreira de duas décadas, se tratasse. Houve mosh, houve crowd surfing, houve roupa a voar, houve tentativas de assalto ao palco (nunca vi os seguranças com tanto trabalho) e… houve muito rock. A banda estava lá para “do their thing”, mantendo o seu cool de forma impressionante, tendo em consideração a jovem idade dos membros. Como se já andassem nisto há anos. Apesar de terem começado com dois singles – “view from the afternoon” e “brianstorm” –, o ritmo não esmoreceu depois desta entrada em grande, conseguindo a banda manter a adrenalina no ar até ao final do concerto, uma hora e um quarto depois. Sem direito a encore (como já se previa). Eles fogem dos clichés com uma arrogância “rock n’ roll” do mais cliché que há. E fazem-no com muito estilo.

"Brianstorm" @ Coliseu dos Recreios

Sunday, July 15, 2007

Kris Kross - "Jump"


Maravilhoso. Mas sabem o que é que é deprimente? Estes dois "meninos" já têm 28 anos... O seu álbum de estreia, "Totally Krossed Out" foi lançado no dia 31 e Março de 1992. Onde estarão eles agora?

Monday, July 09, 2007

Arcade Fire Live @ SBSR (2007)


"Wake Up" - Palavras para quê?

SBSR - Act II

E assim se chegou ao fim da 13ª edição do Festival Super Bock Super Rock. Peço desculpa pelo atraso no relato, mas estar de férias tem destas coisas: nem sempre se tem um computador por perto. Antes de avançar com as crónicas dos concertos, apresento-vos os grandes “vencedores”, na minha óptica, desta edição do festival (em ordem cronológica):

Metallica
Arcade Fire
Maxïmo Park
LCD Soundsystem
TV On The Radio
Scissor Sisters
Underworld


Act II – Dia 1

O primeiro concerto a que assisti (parcialmente) foi dos The Gift. É pena que uma banda com um repertório tão bom e com tantos discos vendidos em território nacional não tenha conseguido entusiasmar o (verdadeiramente indiferente) público. E não foi por falta de esforço da banda. Talvez seja um caso de saturação (quem não viu já esta banda ao vivo?). Ou talvez seja mesmo por serem portugueses. É triste, mas é verdade.
Os Klaxons foram os senhores que se seguiram, conseguindo dar um safanão no tédio que se tinha instalado no recinto. Mas apenas por pouco tempo, já que foi uma actuação algo irregular, tendo apenas conseguido animar as hostes a espaços. Mesmo assim, o seu estilo mais up-tempo conseguiu acordar o público presente que, infelizmente, não se manteve suficientemente acordado durante a actuação que se seguiu.
Gostei muito do concerto dos Magic Numbers, embora ache que tenha sido um erro de casting colocar a sua actuação a seguir à dos Klaxons. Acho que a ordem contrária teria sido benéfica para ambas as bandas, já que o estilo de rock mais melódico dos Magic Numbers não foi tão apreciado como devia, dado ter sido apresentado a uma hora em que o público já queria abanar o capacete. Também penso que erraram ao terem “despachado” parte significativa dos singles logo no início do concerto.
Seguiu-se uma das duas actuações mais esperadas da noite: a dos Bloc Party. O concerto desiludiu-me por uma razão apenas. Por ter sido praticamente igual ao concerto dado há mês e meio no coliseu dos recreios. Com um intervalo tão curto entre os dois concertos, exigia-se um pouco de inovação e, na minha opinião, a inclusão de “two more years” (estranhamente “esquecida” no coliseu) não foi suficiente. Até os comentários de Kele Okereke foram semelhantes. Ganharam o prémio “piloto automático” da noite, tendo, contudo, dado um bom concerto. Mas por vezes a eficácia extrema não compensa a falta de surpresa. E o público também não se esmerou. Tanto em Paredes de Coura, como no coliseu, o ambiente era de maior euforia. A saturação tem destas coisas...
Minutos depois da meia noite, iniciou-se aquele que foi, sem qualquer margem de dúvida, o melhor concerto deste primeiro dia do Act II. Os Arcade Fire deram um concerto fenomenal. Saí de lá com a mesma sensação que saí do concerto dos Strokes no Lisboa Soundz em 2006: adorando o concerto, mas, no entanto, não sabendo explicar porque. Foi qualquer coisa sobrenatural. Foi divinal e o público correspondeu de forma exemplar. Foi um momento de união entre os 20 mil espectadores presentes e a banda. Um momento de euforia colectiva. Fomos hipnotizados e acho que falo por (quase) todos quando digo que é bom que estes senhores regressem o mais rapidamente possível.

Act II – Dia 2

O dia começou com uma grande desilusão: a notícia do cancelamento da actuação dos Rapture. Aguardava este concerto com alguma ansiedade e, por isso, a notícia deixou-me triste. Até porque, aparentemente, o cancelamento resultou de uma doença séria de um dos membros da banda. Respect e as melhoras.
Mas as desilusões não terminaram aqui. A actuação dos Clap Your Hands Say Yeah foi, na minha opinião, ridícula. Possivelmente o pior concerto que vi neste festival. Sem chama e (extremamente) desafinada. Sou fã da banda, pelo que me custa dizer isso, mas passei o concerto todo a olhar para o relógio, contando os minutos para que a actuação terminasse. Não posso deixar ainda de salientar a antipatia do membro da banda entrevistado (não apanhei o início, pelo que não sei qual foi) na Antena 3, respondendo de forma monossilábica e dificultando a vida, desnecessariamente, ao entrevistador. Estes escusam de voltar.
Contudo, seguiu-se aquele que foi o primeiro grande concerto da noite. Os Maxïmo Park deram uma electrizante actuação, seguida de perto por muitos milhares de fãs surpreendentemente conhecedores e deixando-me com uma vontade incontrolável de comprar os seus álbuns (um já marchou). Rock n´ fuckin’ roll dançável, com pitadas de punk e com a atitude e entrega tipicamente oriunda do norte de Inglaterra. Excelente.
Não sei bem como abordar a actuação dos Jesus and Mary Chain. Sou fã da banda, mas identifico-me pouco com o seu estilo de performance ao vivo. Podia criticá-la, mas eles sempre foram assim, pelo que não faria sentido fazê-lo. São dark e gloomy. E sobre isso não há nada a fazer. Podia falar sobre a actuação enferrujada, mas isso é normal dado o tempo que estiveram longe dos palcos. E para além disso, houve bandas bem mais novas a terem que recomeçar músicas, por erros técnicos, neste festival. Por isso, o que é que me resta dizer? Pouco. São uma grande banda, embora não faça questão de os voltar a ver ao vivo.
A noite acabou com uma actuação espectacular dos LCD Soundsystem. Num palco minimalista, em termos visuais, embora bastante recheado de instrumentos, mesas de mistura e... pessoas, a banda conseguiu deixar o público em euforia ao longo de cerca de uma hora e um quarto. O (barrigudo) James Murphy não é tipo para grandes conversas, não sendo, contudo, arrogante. Simplesmente, parece estar mais concentrado em controlar aquilo que se passa em palco (o homem não pára) do que manter um relacionamento caloroso com o público. Ao fim ao cabo, é a música que interessa, não? E os LCD Soundsystem demonstraram – e bem – porque é que são consideradas uma das melhores bandas do mundo. Não foi fácil atingirem o topo (James Murphy já tem 37 primaveras), mas parecem ter chegado para ficar.

Act II – Dia 3

Na minha opinião, a terceira e última noite do Act II do SBSR foi, de longe, aquela em que o nível das actuações foi mais consistente.
A primeiro concerto que vi foi dos The Gossip, onde Beth Ditto espalhou a sua mística pelo palco durante três quartos de hora, comunicando e saltando como se não houvesse amanhã e mostrando aos lisboetas (e não só) que possui, efectivamente, uma grande e soulful voz (se bem que o microfone estava demasiado alto, para o meu gosto). “Standing in the way of control” foi, sem dúvida, um dos pontos altos da actuação.
Seguiram-se os TV On The Radio, uma das bandas que eu aguardava com maior ansiedade. Não obstante ter a noção da não consensualidade daquilo que vou dizer, achei que foi um dos melhores concertos deste festival. A banda deu um espectáculo verdadeiramente electrizante, apenas prejudicado i) por ter ocorrido de tarde e ii) por parte significativa da assistência não parecer ser fã da banda . Ver aquela sinfonia anárquica ao vivo foi arrepiante e adoraria poder vê-la novamente, mas preferivelmente num ambiente mais intimista, só para verdadeiros apreciadores (eles existem e, ainda assim, estavam presentes em quantidade qb).
Os Scissor Sisters foram os senhores (?) que se seguiram e partiram a loiça com um mega espectáculo de rock (quem diria?) apenas “auxiliado” por elementos electrónicos (e não ao contrário, como eu esperaria). Foi um grande concerto, em que os “sisters”, com a sua energia, divertimento e, quer queiramos admiti-lo, quer não, grandes músicas, deixaram os “Lisbians” (lindo) rendidos. Foi, indubitavelmente, outros dos grandes concertos do festival, em que, estranhamente, o “I don’t feel like dancin´” foi apenas “mais um” dos momentos alto.
Quando acabaram os Scissor Sisters, comentei com os meus compinchas que os Interpol não iriam ter a vida nada facilitada e, na minha opinião, foi uma profecia acertada. Há quem tenha dito posteriormente que o concerto da banda nova-iorquina foi “intenso”. Eu achei-o monótono (salvo apenas pela dedicação dum público muito fiel). A banda pouco se mexe em palco e as suas interpretações não fogem um milímetro das versões de estúdio. Gostei da decoração (luz e imagem) minimalista, mas acho que se pede mais dinâmica a uma actuação de uma banda de rock. Ganharam o prémio “piloto automático” da noite.
A noite, bem como o festival, acabou com os Underworld a conseguirem transformar o recinto do festival numa rave pura e dura. Mais público do que aquele que eu esperaria que ficasse assistiu a uma brilhante actuação e dançou, non-stop, durante cerca de hora e meia (o concerto mais longo do festival, para além de Metallica). E eu teria ficado muito mais tempo, caso a organização tivesse permitido que a banda permanecesse em palco. “Born Slippy” e “Moaner” (ultimo tema da noite - brilhante) foram momentos mágicos, tendo a actuação toda (moldada em redor do seu “best of”) sido muito consistente. Foi uma excelente forma de terminar um festival que, não tendo sido perfeito, teve momentos inesquecíveis.

Friday, June 29, 2007

SBSR - Act I: "Are you with Metallica?"


A pergunta, colocada por James Hetfield, espelhava na perfeição a dúvida que me “atormentou” ao longo dos dias que antecederam a primeira noite do festival Super Bock Super Rock: Estaria eu com os Metallica? A última vez que os tinha visto ao vivo foi no Estádio do Restelo, há mais de 10 anos. O último álbum de Metallica que eu comprei foi em 1999. Nem sequer me lembro da última vez que ouvi um dos seus álbuns. No entanto, os Metallica estiveram presentes ao longo de parte significativa da minha adolescência. Eles (com o “black álbum”), os Guns n´Roses (com os “Use Your Illusions”) e uma banda de New Jersey, cujo nome não me recordo neste momento (no comments…) fizeram-me querer ser estrela de rock (nesse capítulo, o facto de não saber cantar nem tocar nenhum instrumento dificultou-me o processo).

Portanto, esperava que a parte emocional/nostálgica compensasse as “diferenças musicais” existentes, hoje em dia, entre mim e os Metallica, fazendo com que eu apreciasse o concerto. Mas enganei-me. Gostei bastante do concerto, mas a parte emocional/nostálgica teve um papel pouco relevante nesse processo. Os Metallica são uma instituição. Movem massas (falava-se em 35 mil pessoas no recinto ontem) e a verdade é que sabem montar um excelente espectáculo de rock. Durante mais de duas horas partiram a loiça, em formato “best of”. As diferenças com o concerto do Restelo foram diminutas (tivemos, inclusivamente, direito a fogo de artifício). Estes senhores (já a caminho das três décadas de existência como banda, com muito álcool e muita droga pelo caminho) têm juventude e garra em palco para dar e vender. Para mim os pontos altos foram “Master of Puppets” (fenomenal) e “Enter Sandman” (orgásmico). No entanto, à excepção de um período um pouco mais morno a meio, achei a actuação consistente, desde a abertura (“Creeping Death”) até ao final do segundo encore (“Seek and Destroy”).

Pelo que, sim estive convosco Metallica. Obrigado por terem voltado.

Resta-me falar um pouco sobre o único concerto que vi, para além do concerto de Metallica (apenas consegui entrar ás 20:30, não obstante ter chegado ao recinto mais de uma hora antes*...). Joe Satriani conseguiu, sem deslumbrar, entreter o (surpreendentemente fiel) público ao longo de pouco mais de uma hora. Não me identifico muito com o seu estilo instrumental / música de arcade game, embora não tenha desgostado de assistir à sua actuação. Deu o bom espectáculo de rock, prometeu voltar e… não deixou de ser um bom aperitivo (já que era impossível comprar comida, dadas as filas intermináveis!*) para o momento grande da noite, que se seguia!

*boca foleira à organização

Ps - a fotografia foi (escandalosamente) roubada do site da Blitz (sendo a mesma de autoria da "Espanta Espíritos").

Tuesday, June 12, 2007

Atrofio - Parte II


Que música estará ele a ouvir?

Monday, June 11, 2007

The Festival Season Has Begun!

A época festivaleira já começou. Ui ca bom! Consegui não gastar 90 € ao não ir ao Alive!Oeiras 07 (por muita pena que tenha tido de não ver Pearl Jam, Matisyahu e Beastie Boys, essencialmente), dinheiro esse que irei esbanjar desalmadamente em cerveja, hambúrgueres e afins durante os festivais SBSR e Paredes de Coura (a poupança, os neurónios e o colesterol que se f$%&#!). Hoje tenho já um apetizer que é a festa dos 15 anos do festival de Paredes de Coura no Santiago Alquimista. Não sei o que esperar da festa, mas, no pior das hipóteses, ganho o CD Bónus que eles lá irão oferecer (se cumprirem a promessa).
Contudo, o verdadeiro “sumo” apenas virá com o início dos festivais... São tantas boas bandas, que um gajo até fica desorientado. Entre valores seguros, promessas que já não o são, promessas que ainda o são, bandas under-rated, bandas over-rated, há de tudo... e, infelizmente, o orçamento não se estica, já que a oferta (de qualidade) não se limita a estes dois festivais. O Sudoeste também está com a ficar com um cartaz formidável! (Razorlight, Editors, The Streets, Cypress Hill e muito mais). É um sonho... Infelizmente não me parece que este panorama seja sustentável para os anos que vêm, já que é um país muito pequeno (e pobre) para tanta oferta (há que juntar o megalómano Rock in Rio para o ano). As margens das promotoras ressentem-se do aumento nos cachets pagos às bandas, para “roubarem-nas” à concorrência, e do facto dos preços estarem nos limites daquilo que a capacidade de compra do tuga comporta. Por isso... temos que aproveitar esta oferta enquanto ela existir.
Tenho dito.

Wednesday, June 06, 2007

Atrofio - Parte I

Reportagem da Rolling Stone:

Win Butler Vs. Dude Whose Basketball Butler Allegedly Stole
BACK STORY: Last Saturday, June 2nd, Arcade Fire leadman Win Butler was playing basketball in a University of California gym in Berkeley. According to Chris H, the man behind the blog arcadefirestolemybasketball, the courts were super full and though Butler was alone, he refused to allow others to join him. When asked if he would then get off the court so that it could be used for a full-court game he said: “I paid too much damn money to get in here and I’m playing on this court.” (It costs $10 to get into the gym). Security was eventually called and forty-five minutes later the players decided to “play over” Butler. After Chris H. finished his game, he noticed his basketball was missing. When he asked up front if anyone had seen it he was told that Win had taken the ball home with him.

THE LATEST: Acting on a sense of filial duty, Arcade Fire’s Will Butler has come to his big brother’s defense by starting the blog arcadefiredidntstealdudesbasketball, in which he starts a self-described “all out Internet libel war” with Chris H. by relaying the following (non) facts about the guy: Chris was drunk when he asked at the gym’s front desk about the missing basketball, links to video of “Chris H kicking a baby in the head at the UC Berkeley gym,” accuses Chris of starting his blog as a publicity stunt because he’s trying to raise money to travel to the 2008 Olympics in Beijing, and claims Chris has a tattoo of Puff the Magic Dragon on his penis.

The whole exchange has – in two and half days – inspired a handful of offshoot blogs including arcadefirestolemybasketballplayer*, arcadefirestolemylincolnlogs, and brighteyesstolemykickball.

*muito bom

Infelizmente, nem todos os blogues estão activos...

Wednesday, May 30, 2007

Justice - "D.A.N.C.E"


Estou bem disposto e, como não sou egoísta, deixo-vos (mais) uma música que contribuirá certamente para que vocês também fiquem bem dispostos. Daft Punk meets Jackson Five. Chama-se "D.A.N.C.E" e "a mi me gusta".

Mr. Hudson and The Library - "Too late, too late"


Dizem que são os novos Specials. Eu limito-me a dizer que se trata de um grande som. Enjoy!

Tuesday, May 29, 2007

Jeff Buckley (1966-1997)


Foi precisamente há 10 anos que este senhor morreu (29 de Maio, 1997), afogado no Mississippi. Deixando muitas saudades...

This is our last goodbye
I hate to feel the love between us die.
But it's over
Just hear this and then I'll go:
You gave me more to live for,
More than you'll ever know.

Well, this is our last embrace,
Must I dream and always see your face?
Why can't we overcome this wall?
Baby, maybe it's just because I didn't know you at all.

Kiss me, please kiss me,
But kiss me out of desire, babe, and not consolation.
Oh, you know it makes me so angry 'cause I know that in time
I'll only make you cry, this is our last goodbye.

Did you say, "No, this can't happen to me"?
And did you rush to the phone to call?
Was there a voice unkind in the back of your mind saying,
"Maybe, you didn't know him at all,
you didn't know him at all,
oh, you didn't know"?

Well, the bells out in the church tower chime,
Burning clues into this heart of mine.
Thinking so hard on her soft eyes, and the memories
Offer signs that it's over, it's over.


"Last Goodbye*" (Jeff Buckley)
*um personal favourite meu...

Monday, May 28, 2007

Dave Matthews Band @ Pavilhão Atlântico

Pavilhão Atlântico - 25/05/2007

Quando a banda entrou em palco, a euforia do público (o Pavilhão Atlântico estava praticamente lotado) era notória. Há muito tempo que se esperava uma visita destes senhores (correcção: destes animais do palco) ao nosso humilde país. Mas já o povo diz, mais vale tarde do nunca, não é? Não obstante esta euforia inicial, só depois da primeira meia hora / três quartos de hora (possivelmente por culpa dum alinhamento inicial irregular, baseado em temas mais recentes, com o “Crash In to Me” – inexplicavelmente – inserido no meio) é que as coisas começaram verdadeiramente a aquecer. E jamais voltaram a arrefecer até ao final do concerto (que durou mais de 3 horas!).

Foram tocados muitos (seria impossível terem tocado todos) dos grandes êxitos da banda, em versões extended com muitos improvisos, muitos arranjos adicionais / alternativos e muitos jam sessions dos membros da banda (Boyd Tinsley, o violinista, é uma máquina em palco, puxando pelo público non-stop). O público agradeceu e, mais do que isso, correspondeu, participando e empolando a festa, contribuindo para um momento quasi-mágico em que a música (pura e dura) reinava (até porque a decoração / iluminação era minimalista, nem sequer havendo lugar para ecrãs). Dave Matthews ainda convidou Tom Morello para voltar ao palco (confesso que não cheguei a horas de o ver na primeira parte) para participar em dois temas (um dos quais “#41”) e nos respectivos jam sessions.

Dave Matthews, que iniciou o primeiro encore sozinho, com o(arrepiante) “Gravedigger”, mostrou ser um frontman simpático, divertido e cheio de presença, pedindo desculpa pela demora em virem a Portugal, agradecendo as reacções entusiastas do público e (mais importante que tudo isso)... prometendo voltar. Nós cá estaremos para o receber. Depois de mais de três horas, eu, por muito cansado que já estivesse, ainda queria que eles tocassem mais um pouco. Ao fim ao cabo, mesmo com as promessas feitas, quem sabe quando é que eles irão voltar?

Ps - Frase da noite: "Obrigado, very much!" (Dave Matthews)

Friday, May 25, 2007

Tonight @ Pavilhão Atlântico

Sunday, May 20, 2007

Bloc Party @ Coliseu dos Recreios - The Videos

"Like Eating Glass"

"Positive Tension" (o so fucking useless!)

"This Modern Love"

Saturday, May 19, 2007

Bloc Party @ Coliseu dos Recreios


Coliseu dos Recreios - 18/05/07

Para quem assistiu à actuação dos Bloc Party em Paredes de Coura, foi mais do mesmo. Ou seja…Excelente. Numa sala mais intimista e, perante um público mais conhecedor, os Bloc Party “partiram a loiça” ao longo da hora e meia que tiveram em palco, alternando entre registos dos seu álbum mais recente, “Weekend in the City”, e do seu álbum de estreia, “Silent Alarm”.

Traídos apenas pela fraca qualidade do som, os Bloc Party tiveram uma prestação (a última da presente digressão) consistente, entrando de forma de rompante com “Song for Clay (Disappear Here)”. O (diversificado) público correspondeu – e de que forma - ao longo de todo o concerto, saltando, gritando, batendo palmas e cantando – o grito colectivo de So Fucking Useless!, em “Positive Tension”, foi arrepiante.

Na minha opinião, os temas “Song for Clay (Disappear Here)”, “Positive Tension”, “Like Eating Glass” e “Helicopter” (último tema do primeiro encore, merecedor de uma histeria colectiva do público e da banda) constituíram os pontos alto da noite. Coincidência, ou não, são quase todos temas do primeiro álbum da banda. No entanto, os temas de “Weekend in the City” foram também muito bem recebidos, dando lugar a uma actuação well rounded, tanto do público como da banda.

Kele Okereke voltou a exibir a sua simpatia, apelando diversas vezes ao público para que este os ajudasse a tornar memorável o último concerto da (“emocional”) digressão. Deverá ter ficado satisfeito. Vou vê-los pela terceira vez no SBSR e, sinceramente, já estou ansioso.

Por último, uma palavra de apreço pela actuação esforçada da banda de abertura, d3ö (Toni Fortuna – ex-Parkinsons – tem, efectivamente, a escolinha toda do punk) e pela performance do DJ que conseguiu animar as hostes, no intervalo entre os d3ö e os Bloc Party, com uma bela technozada. Aquando da entrada dos Bloc Party em palco, a energia do público estava, literalmente, no ponto.

Wednesday, May 16, 2007

Moment of Reflection...

Versão A

Cheguei ao trabalho por volta das 11:00 am. Embora tenha ficado na festa até às 4:00 am, reitero a ideia de que a noite de Manhattan já não é o que era. Brooklyn é que está a dar agora. Quando liguei o computador, já tinha 3 e-mails do Andrew Fletcher dos Depeche. Aparentemente agendei uma actuação da banda no programa do Conan O’Brien no dia do aniversário da filha de Dave. Como é que eu era suposto saber?!
Liguei a rádio e estava a dar “I’m a wonderful thing baby”, dos Kid Creole and the Coconuts. Bom som! Deu-me logo outro ânimo para enfrentar o dia, que não ia ser fácil. As vendas do álbum novo de Mr. Hudson & the Library foram um fracasso (tentaram desassociar-se dos The Specials) e ia-me reunir com a banda à hora de almoço para fazermos uma sessão de brainstorming e discutirmos os next steps...

Versão B

Cheguei ao trabalho por volta das 9:20 am. E por lá fiquei até às 19:30 (com um intervalo para almoçar), olhando para folhas de cálculo, apresentações de powerpoint, fazendo alguns telefonemas e... sonhando...

Que saída da "autoestrada" é que eu falhei?

Melech Mechaya @ Cefalópode


Cefalópode - 12/05/07

Ciganos (not really, mas uma boa aproximação). Música klezmer. Óptimos músicos. Animação e boa disposição. Um front-man comunicador e divertido. Um guitarrista sempre sorridente. Uma hora bem passada, entre amigos e não só (casa pequena, mas a rebentar pelas costuras), com muita interacção com o público. Muita dança, num ambiente descontraído. É que se quer num Sábado à noite, certo?
"Na na na na na... RghOiii!" (em português: "Na na na na na... Oiii!")

Thursday, May 10, 2007

Tickets

Mais um grande blog: http://tickets1.blogspot.com/
Check it out.

Wednesday, May 09, 2007

Tara Jane O'Neil e Jana Hunter @ ZDB


Galeria Zé dos Bois – 08/05/2007

Quando Tara Jane O’Neil entrou em palco, faltavam já poucos minutos para as 23:00. Com uma guitarra eléctrica na mão, conquistou o público com a sua voz suave e com as suas melodias que alternavam entre o doce e o agridoce. Pouco comunicativa, à excepção de meia dúzia de “thank you”s alucinados (Blair Witch Style), que condiziam com os – também alucinados – sons distorcidos que a sua guitarra produzia ocasionalmente. Surpreendeu o público (pelo menos a fracção do público que não tinha ouvido a sua entrevista na Radar), distribuindo pandeiretas e afins pela assistência, para que esta a acompanhasse (até à exaustão) ao longo do último terço do concerto. Gostei muito do concerto. Uma versão stripped down do lado mais folky de Yo La Tengo, com pitadas de Lisa Germano.

Embora Jana Hunter seja também uma figura excêntrica, aparenta ser mais consumer friendly do que a Tara Jane (sim – eu trato-a por Tara Jane). É mais comunicativa e perfila-se como uma singer/songwriter mais tradicional. Leia-se: Folk, com recorrente componente de storytelling nas suas letras e fortes influências dos “give peace a chance dudes” (Joan Baez forever man!) do final dos anos 60 e início dos anos 70. Pronto, tudo isto em versão underground. O concerto durou meia hora apenas, porque (penso eu que tenha sido esta a razão), a sua voz estava debilitada – impedindo a Jana (sim – eu trato-a por Jana) de prolongar a sua actuação.

Dois bons concertos, uma noite bem passada. Duas artistas a investigar melhor (apesar de apreciar mais o estilo de Tara Jane O’Neil).
"Duas das mais sonantes vozes da música independente norte-americana regressam à zé dos bois. Uma do tempo em que se chamava "alt-country"às variações do folk e outra da geração free-folk. Jana Hunter traz na bagagem «there's no home», recentemente editado na gnomonsong, editora de Devendra Banhart que a acolheu como uma das suas primeiras discípulas. Tara Jane é figura quase solitária no underground norte-americano, tendo criado em mais de uma década uma das carreiras mais sólidas da americana, aqui numa vertente muito própria. Podemos vê-la como mãe de um movimento que ganhou vida nova nos últimos anos." (Newsletter da Flur)

Thursday, May 03, 2007

Matisyahu em Portugal

Depois de um grande concerto no Coliseu dos Recreios em 2006, Matisyahu estará de volta ao nosso país, no dia 10 de Junho. E de repente o Festival Alive! Oeiras 07 tornou-se mais apetecível...

"Young man, control in your hand
Slam your fist on the table
And make your demand
Take a stand
Fan a fire for the flame of the youth
Got the freedom to choose
You better make the right move
Young man, the power's in your hand
Slam your fist on the table and make your demand
You better make the right move..."

Wednesday, May 02, 2007

Shopping List

O bichinho da vontade compulsiva de comprar CD’s voltou a picar-me. Ontem à noite, após (mais uma) desilusão desportiva – que, desta vez, demorou mais de duas horas a concretizar-se –, dirigi-me à FNAC com o objectivo de “afogar as mágoas”. As mulheres compram sapatos quando estão deprimidas. Eu embebedo-me e/ou gasto dinheiro em CD’s que poderia – caso não fosse um orangotango (em mais do que um sentido) – sacar da Internet. Após dez minutos a circular na FNAC, já tinha um elaborado um shortlist significativo, que só não era maior por não ter encontrado os álbuns novos de Black Rebel Motorcycle Club e de Dinossaur Jr. Tive na(s) mão(s) o “Strangeways, Here we Come” dos The Smiths, o “Dusk” e uma colecção de singles dos The The, o álbum mais recente de Lemonheads, um best of dos Bauhaus, o debut dos Interpol... and soy on and soy on. Mas estes todos acabaram por ser postos de lado (mantendo-se, porém, na minha shortlist mental). Os eleitos acabaram por ser “Silent Alarm” dos Bloc Party e “Youth and Young Manhood” dos Kings of Leon.

Leitor exaltado (LE): “Mas esses albúns já são velhos, ó Zé!”.
Ze_turkish (ZT): “Eu sei, mas i) já tenho o “Weekend in the City” dos Bloc Party; e ii) o CD dos Kings of Leon estava barato...”.
LE: “Orangotango!”.
ZT: “Sportinguista!”.
LE: “Há coisas que ofendem, Zé...”.
ZT: “Desculpa, foi no calor do momento...”.

"Lifestyle for the Rich and Famous, some die with a name, some die nameless..." (Wyclef Jean)

Friday, April 27, 2007

Quero Nomes!!!

Por que raio é que já estamos quase em Maio e ainda só foram anunciados dois nomes para o Festival Heineken Paredes de Coura? Por muito que os dois nomes sejam muito bons (Cansei de Ser Sexy e Sonic Youth), não se percebe esta inércia por parte da promotora do evento, já que têm saído todos os dias nomes novos para outros festivais (e nem me refiro ao SBSR, cujo cartaz está, aparentemente, fechado) – nomes estes que ficariam muito bem num hipotético cartaz do festival de Paredes de Coura (The Rakes no Alive! Oeiras 07 e The Streets no Sudoeste são apenas dois nomes retirados de uma longa lista que tem vindo a aumentar numa base diária). O que vale é que parte significativa do público em Paredes de Coura vem da terra de nuestros hermanos. É que se o festival dependesse do público português, as coisas poderiam correr muito mal. As pessoas, por muito que gostem de música, têm orçamentos limitados e têm de efectuar escolhas (Pessoal: isto é uma aula de Economia disfarçada. Saquem de um bloquinho de folhas e tirem apontamentos). Ora, tendo i) um orçamento limitado; e ii) alternativas válidas, que não implicam custos de deslocação tão elevados; porque é que as pessoas hão de ir ao festival de Paredes de Coura? Vão mas é ao SBSR e a uma ou outra noite do Alive! Oeiras 07, e ainda há de sobrar parte do orçamento para comer uns caracóis e beber umas bujas na “tasca do manel”. No meu caso, como i) sou estúpido; e ii) tenho sítio para ficar lá perto; hei de ir a Paredes de Coura. Mas bring on the fucking names, dudes! Quero saber ao som do que é que eu vou abanar o meu capacete embriagado!

Ps - ladies: eu não sou o gajo da foto. Sou muito mais bonito.

Thursday, April 26, 2007

Wednesday, April 18, 2007

Morrissey @ Dallas (1991)


Vejam este vídeo até ao final. Morrissey é "engolido" por várias dezenas de putos americanos (bastante feios por sinal), numa invasão de palco como se faziam nos good old days... E ele não é, nem nunca foi, sex symbol. Imaginem se fosse!

Friday, April 13, 2007

André Santos

Deixo aqui um link para a página myspace dum músico que irá, certamente, dar muito que falar nos próximos tempos. É um guitarrista ecléctico (no mínimo) tendo projectos que abrangem os mais diversos estilos, incluindo Fado, Famenco, a fusão de Fado & Flamenco (Raízes), indie "divine comediana" (The Attic) e música klezmer "kusturicana" (Melech Mechaya). Chama-se André Santos.
Percam uns minutos a ver a página que contém, entre outras coisas, algumas músicas e a lista dos próximos concertos (valem a pena, garanto-vos).

Thursday, April 12, 2007

Panda Bear @ B.Leza - 11/04/2007

Dirigi-me ao B.Leza sem saber muito bem o que ia encontrar. Primeiro, não conhecia a discoteca. Segundo, pouco conhecia da carreira a solo de Panda Bear (membro dos psycho hippies, Animal Collective), para além daquilo que tenho lido em inúmeros artigos na imprensa especializada, que parece obcecada com este novo fenómeno (o facto do mesmo ter trocado Nova Iorque por Lisboa, como cidade de residência, há cerca de 3 anos, poderá contribuir significativamente para a euforia instalada).
A primeira impressão com que fiquei foi que a organização do concerto tinha sido desastrosa. A meu ver, esperar hora e meia para entrar num recinto daquela dimensão não cabe na cabeça de ninguém. E a cerveja acabar também não.
No que diz respeito ao concerto em si, gostei dele a espaços. Panda Bear entrou em palco de forma discreta e actuou durante cerca de uma hora (penso eu). A acústica da sala não ajudou a sua actuação, já que, na primeira parte do concerto, os elementos melódicos da sua música "perdiam-se", restando, por vezes, distorções e sucessões de sons aleatórios que não faziam mais do que furar-nos os tímpanos (not in a good way). Não havia sequer intervalos entre as musicas, pelo que, quando o público se ouviu pela primeira vez, o concerto já ia a meio. A segunda parte do concerto foi, na minha opinião, bastante mais agradável (leia-se: melódico). Sempre alucinado (lembrando, por vezes, as actuações dos The Doors no Whisky a Go-Go's em L.A.*), mas, geralmente, bastante mais agradável. É pena o Panda Bear não ter comunicado mais com o público. Mas pronto, o rapaz é (aparentemente) tímido e sobre isso não há muito a fazer. O concerto acabou, passava da meia-noite e meia, e fui para casa, sem que o concerto tivesse acrescentado grande coisa à minha felicidade. Fica a experiência e a curiosidade de ouvir as studio versions das canções (?) de Panda Bear, que parecem ter potencial, mas não naquela sala.

*Sim, eu sei. Quando estes concertos aconteceram, ainda faltavam uns bons aninhos até eu nascer. Mas o retrato feito por Oliver Stone, foi, certamente, realista!

Monday, April 09, 2007

O baú das canções (deliciosamente) tristes - Parte 3


Nine Inch Nails - "Hurt"

O baú das canções (deliciosamente) tristes - Parte 2


Joseph Arthur - "Honey and the Moon"

Sunday, April 08, 2007

O baú das canções (deliciosamente) tristes - Parte 1


Band of Horses - "The Funeral"

Saturday, April 07, 2007

Há cerca de um ano e meio, estive perto de duas semanas no EUA com a minha namorada. Fomos até NYC, onde estivemos 4 ou 5 dias, e depois alugámos um carro e fomos à aventura pelos estados que compõem a Nova Inglaterra. Em Boston, numa loja chamada Urban Outfitters, deram-nos um CD com cerca de 16 ou 17 músicas de pop/rock “alternativo”. Esse CD passou a ser a banda sonora oficial deste nosso “road trip” e esta música, que aqui vos deixo, destacou-se naturalmente, ganhando o título de canção da viagem. Andar – propositadamente perdidos – no countryside americano, ao som de "Soul Meets Body", dos Death Cab for Cutie, provocava-nos uma sensação inexplicavelmente mágica. Partilho convosco este meu momento de nostalgia. Mais um...

Thursday, March 29, 2007

É oficial: indie é rentável. E uma prova disso é o cartaz do Super Bock Super Rock – um festival tradicionalmente dirigido a um público mais generalista – deste ano, que consegue reunir grande parte das bandas referência no movimento so called alternativo. Não me posso queixar, já que a ideia de ver Arcade Fire, Bloc Party, Interpol, The Jesus and Mary Chain, LCD Soundsystem, Underworld, etc., tudo no mesmo festival, é um verdadeiro luxo. No entanto, não posso deixar de pensar que preferia ver estas bandas noutro tipo de enquadramento. Nomeadamente noutro festival que me cativou fortemente: O Festival Paredes de Coura, festival para o qual não sei que bandas vão restar. Mas não vou ser pobre e mal agradecido, já que o SBSR proporcionar-nos-á, certamente, 3 dias de festa pura. Praia durante o dia (só para dizer que vou estar de férias) e música, muita música, pela noite fora.

Ps – Peço desculpa aos leitores (ainda existem?), pela falta de dedicação que tenho canalizado para o blog. Ando com pouca disponibilidade (horária e mental) para escrever, mas vou tentar inverter essa tendência. As leitoras femininas mandarem-me fotos de bikini, cada vez que eu escrevesse um post, seria um forte incentivo. Fica a ideia.

Deixo-vos aqui um som que me deixa alguma nostalogia dos meus tempos de adolescente. Porque é que a merda do tempo passa tão rápido? Ladies and gentleman: Primitive Radio Gods.

Friday, March 16, 2007

Neneh Cherry - "Buffalo Stance"


It doesn't get much better than this, people!
Bom fim de semana!

Sunday, March 11, 2007

Os Boston não constam na minha colecção discográfica. No entanto, na minha adolescência, delirei com uma música deles incluída na colectânea “Remember Alcântara Mar”, chamada “More than a feeling”. Digamos que é o meu lado mais azeiteiro. Brad Delp, vocalista dos Boston, foi recentemente encontrado morto, aos 55 anos, em sua casa. Fica aqui uma homenagem ao mesmo, bem como à sua banda que, não obstante não figurar (ponto) na lista de bandas que me marcaram, produziram esta rockalhada do mais americano que há, que me animou algumas noites de sábado! Respect!

Thursday, March 01, 2007

Yo La Tengo "You can have it all"


Lindo...

Wednesday, February 21, 2007

Bloc Party - "A Weekend In The City"


Tenho que confessar uma coisa (isto não vai ser fácil, mas vou dizê-lo): Ao contrário da generalidade da crítica musical (sendo a NME uma das excepções), gosto bastante de “A Weekend In The City”, o novo álbum dos south londoners, Bloc Party. Se o álbum é mais mainstream do que o anterior? (“Silent Alarm”) Sim, definitivamente. Se acho que essa mainstreamização foi um passo em falso, como afirma Davide Pinheiro no Disco Digital? Não. Se concordo com Davide Pinheiro quando ele diz que o álbum foi “concebido partindo da necessidade de inspiração no R&B norte-americano (Beyoncé ou Amerie)”? Nem vale a pena responder.

Há tempos, li um artigo muito interessante (na NME creio) acerca dos The Good The Bad & The Queen, em que o autor comentava a ausência de “sentimento” nos anteriores projectos musicais de Damon Albarn, alegando que este sabia produzir música de elevadíssima qualidade, mas que, anteriormente a este projecto, não sabia produzir temas que nos fizessem querer “Live Forever” (sim, a comparação foi óbvia, mas bem sucedida). Penso que, no caso dos Bloc Party, houve uma injecção desse tal “sentimento” na sua música. O que eu acharia potencialmente preocupante, para uma banda desta natureza, não fosse a música deles continuar a dar-me vontade de bater o pé enquanto a oiço – muito por culpa da sua cativante componente rítmica (o baterista e o baixista, juntos, fazem maravilhas). Gosto da mais intensa componente melódica que a banda introduziu. Gosto de quase todas as músicas (“Song For Clay (Disappear Here)” é um verdadeiro hino), gosto da capa e do “conceito” do álbum, gosto da componente “agridoce”, que advém da mescla entre melodias polidas e letras mais agrestes (sendo a cidade de Londres recorrentemente visada). Kele Okereke manda, inclusivamente, vários “Fuck You”s à imprensa inglesa (o que é sempre bom), que deve ter ficado em pulos com as letras de “I still remember” (reforçando as dúvidas existentes acerca da sua orientação sexual – Morrissey style).

Kele Okereke parece, julgando pelas suas letras, nunca estar satisfeito. Mas eu fiquei satisfeito com esta compra, claramente merecedora dos 15 € que gastei. Coliseu dos Recreios, here I come.

Tuesday, February 20, 2007

The Killers - "Romeo and Juliet"

Os The Killers tocaram um cover de "Romeo and Juliet" (sim, essa... dos Dire Straits) na série "Live at Abbey Road" da Channel 4. Brandon Flowers considera a música uma das suas "all-time favourites". O cover não foge muito do original que, por sua vez, chegou a ser - na minha juventude - uma das minhas "all-time favourites". Vejam o vídeo que contém, não só a actuação em si, mas também parte da entrevista dada pela banda no programa.

Sunday, February 18, 2007

Curtas... Mas boas!

A banda nova-iorquina, Interpol, parece já ter completado a gravação do seu terceiro álbum, que irá suceder a “Antics” – registo que projectou a banda para as luzes da ribalta. O novo álbum deverá ser lançado em Junho deste ano.

De acordo com esta notícia na NME, Steven Adler, baterista original dos Guns N’ Roses, revelou que existia a possibilidade da formação original dos GN´R se reunir. Acho infundamentado (leiam o artigo e vejam porque) e… bastante improvável. Não só devido às voláteis relações de Axl Rose com os restantes membros da formação orginal (nomeadamente Slash e Duff), mas também devido aosprevistos lançamentos de “Chinese Democracy” (será?) e “Libertad” – novo álbum de Velvet Revolver –, no primeiro semestre de 2007.

Sean Lennon (na foto) actuou esta noite no Santiago Alquimista. Não pude ir, mas tenho pena. Supostamente o seu último álbum é bom e seria o mais próximo que eu poderia chegar de ver o John Lennon ao vivo. Vai ter que ficar para a próxima!

Monday, February 12, 2007

The Beatles - "Here Comes The Sun"

Thursday, February 08, 2007

Estava a vasculhar por entre os arquivos do New York Times, quando encontrei esta crónica de um concerto dos The Smiths em NYC, mais precisamente no Pier 84. A notícia foi publicada no dia 8 de Agosto de 1986 (!). Encontrei ainda esta notícia (a primeira sobre a banda na New York Times), publicada no dia 28 de Março de 1984, que fala sobre um novo quarteto inglês, que estava a fazer furor no Reino Unido e se estava a preparar para atravessar o Atlântico e fazer a sua primeira digressão pelos EUA. Era uma banda com nome a aparência simples, mas com uma sonoridade rica e personalidade complexa. E que fez com que o mundo da música mudasse para sempre. Recomendo que façam umas pesquisas sobre as vossas bandas preferidas nestes arquivos, começando pelos "oldest" news. Encontram-se coisas fascinantes.

Tuesday, February 06, 2007

Lupe Fiasco - "Kick, Push"

"For a guy who spends a few dozen bars on "I Gotcha" telling us how great he smells, Lupe Fiasco certainly seemed bummed by the time (the album) "Food & Liquor" dropped. On the lush single "Kick, Push", he was skateboarding for fun; but by the time the sequel, "Kick, Push II" rolled around, his deck was a meanof running away from a chaotic home life, and there was a void nipping at his heels. It looked like Lupe was going to be the next Jay Z, but he turned out to be the hip-hop Morrissey, which is exactly what the genre needs." (Spin)

Será que, depois de The Streets e De La Soul, o meu coração tem espaço para mais um artista Hip Hop? Fiquei curioso em relação a este álbum, considerado 2oº melhor álbum de 2006 pela revista Spin.



Ps - Fica aqui o Top 10 do ranking da Spin, para os mais curiosos:

10 - Beck - "The Information"
9 - Clipse - "Hell Hath No Fury"
8 - My Morning Jacket - "Okonokos"
7 - Cat Power - "The Greatest"
6 - Joana Newsom - "Ys"
5 - My Chemical Romance - "The Black Parade" (AAAAAAHHHHHH!!!!!!!!!)
4 - Ghostface Killah - "Fishscale"
3 - Artic Monkeys - "Whatever People Say I Am, That's What I Am Not"
2 - Gnarls Barkley - "St. Elsewhere"
1 - TV On The Radio - "Return To Cookie Mountain".

Sunday, February 04, 2007

Clap Your Hands Say Yeah

Estão de volta com um segundo álbum ("Some Loud Thunder"). Mas como ainda não o ouvi, fica aqui uma pérola do primeiro álbum da banda. Chama-se "Over and over again (lost and found)".
Ladies and Gentlemen, it's Talking Heads! Oops, quero dizer Claps Your Hands Say Yeah!

Saturday, January 27, 2007

Não obstante nada ter haver com música, não posso deixar de partilhar convosco a forma com alguém de Aveiro, através de um search no google, veio ter ao meu blog!

The Dears

Estamos na presença de mais uma banda indie, proveniente do Canada (país de origem dos Arcade Fire, Broken Social Scene, The New Pornographers, and so on, and so on), que me passou a parecer ainda mais interessante depois de ter lido este excelente artigo da New York Times. Recomendo vivamente a sua leitura, mas deixo aqui um excerto para os mais preguiçosos:

"The Dears hark back to the self-conscious majesty of Britpop. Mr. Lightburn’s voice combines the quivering croon of Morrissey, from the Smiths, with David Bowie huskiness. The songs stoke drama methodically; they announce themselves with stately drumbeats and pop hooks — the two keyboardists, both women, sing a lot of doot-doots and nah-nahs — and climb toward big, blunt choruses, in which Mr. Lightburn might work himself up to a keening falsetto or a raw shout as each song reaches its inexorable payoff.

Every so often, there’s a touch of cabaret theatricality, a nod to the Dears’ professed fondness for the French rocker Serge Gainsbourg. But where Mr. Gainsbourg and Morrissey could be wry as well as morose, the Dears have grown more unambiguous with each of their three albums.
"

Deixo-vos o videoclip de "Ticket to Mortality", música pertencente ao álbum "Gang of Losers". Espero que gostem.

Tuesday, January 23, 2007


“Os australianos Crowded House planeiam um digressão mundial 11 anos após terem dissolvido a banda” (Diário Digital, 23-01-2007)

“Os britânicos James vão reunir-se para uma mini-digressão no Reino Unido em Abril” (Diário Digital, 23-01-2007)

“Os Jesus & Mary Chain vão regressar para um concerto no festival de Coachella, na California. O concerto é no dia 27 de Abril” (Diário Digital, 22-01-2007)

“Os Rage Against The Machine confirmaram o seu regresso para actuar no festival de Coachella, que decorre entre 27 e 29 de Abril na Califórnia” (Diário Digital, 22-01-2007)

The Police devem regressar aos palcos este Verão” (Diário Digital, 02-01-2007)

Who's next?

Monday, January 22, 2007

Cansei de Ser Sexy - Lux, 4 de Abril

Sunday, January 21, 2007

Muzik4theMasses LIVE - Update

Brad Mehldau Solo - 24 de Janeiro (CCB - Grande Auditório)*
Howe Gelb - 30 de Janeiro (Santiago Alquimista)***
Nine Inch Nails - 10, 11 e 12 de Fevereiro (Coliseu dos Recreios)***
Sean Lennon - 18 de Fevereiro (Santiago Alquimista)*
The Devastations - 19 de Fevereiro (Santiago Alquimista)***
Yann Tierson - 7 de Março (Aula Magna)***
Scissor Sisters - 27 de Abril (Coliseu dos Recreios)***
De Phazz - 10 de Maio (Paradise Garage)*
Bloc Party - 18 de Maio (Coliseu dos Recreios)****
Dave Mathews Band - 25 de Maio (Pavilhão Atlântico)*****

A probabilidade de eu ir vai de * (muito pouco provável) a ***** (vou GARANTIDAMENTE)

Tuesday, January 16, 2007

The Shamen - "Ebeneezer Goode"


Uma música sobre Ecstasy que chegou ao número um dos tops britânicos em 1992, com muita polémica à mistura. Desfrutem deste som altamente alucinado dos The Shamen... mas com juizinho!

Monday, January 15, 2007

"Another sign of Mr. (David) Byrne’s constant forward motion is his voracious appetite for new music. He’s a regular visitor to the annual South by Southwest music festival Austin, Tex., where he will be a featured speaker in March. And any concertgoer in New York City is apt to spot him regularly, hanging out near the back of a room, generally without an entourage, his shock of near-white hair adding a few inches to his already impressive height. Last year he could be spotted sipping white wine in the lobby of Town Hall before a Cat Power performance, applauding the debut of Gnarls Barkley at Webster Hall and cheering the Brazilian funk artist Otto (who appears on a forthcoming Luaka Bop compilation) at Joe’s Pub.

“He really keeps his finger on the pulse,” said Ms. Diaz-Tutaan, whom Mr. Byrne became interested in after hearing the CD her band, Apsci, recorded for the tiny progressive hip-hop label Quannum. “That’s really inspiring to me — that this guy who has been around for such a long time and has been one of my musical influences is keeping up with things on a more underground level. He’ll just ride his bike to a venue, go in, check out the band and ride home.”

Mr. Byrne doesn’t seem to think there’s anything particularly remarkable about it. “Sure, I go out a lot,” he said. “I’m in New York, and I’m a music fan. But sometimes I go out to these shows and I go ‘Where are my peers?,’ you know? Where are the musicians from my generation, or the generation after mine? Don’t they go out to hear music? Do they just stay home? Are they doing drugs? What’s going on?”

He laughed and shook his head. “Or maybe they’re just not interested anymore. They’re watching ‘Desperate Housewives.’
”.

(Artigo sobre David Byrne, ex-Talking Heads, na New York Times)

Friday, January 12, 2007

The Show Must Go On?

Os The Cure são (eram?) uma banda fantástica. A música introspectiva e gloomy (haverá melhor termo para a descrever?) que a banda produz há mais de 30(!) anos é única, verdadeiramente inconfundível (tal como é a voz do mentor e maestro da banda, Robert Smith) e exerceu uma forte influência sobre um número inquantificável de bandas - bandas estas catalogadas como pertencendo às mais diversas cenas musicais, entre elas a gótica, alternativa, ou mesmo a cena mainstream (a minha mãezinha adora o "Friday I'm In Love"...).
No entanto, parece-me que Robert Smith não soube nitidamente avaliar o timing adequado para "arrumar as botas" - altura esta que, na minha opinião, deveria ter ocorrido lá para os finais dos anos 90. Esta minha opinião tem como base, não tanto a apreciação dos seus mais recentes álbuns de estúdio (que nem são maus, embora sem deslumbrar), mas sim a forte deterioração na qualidade das actuações ao vivo da banda - notem que, infelizmente, nunca os vi ao vivo, mas os imagens que tenho apanhado no "youtube", bem como as críticas que tenho lido do DVD live lançado recentemente pela banda, indiciam crescentes níveis de degradação em palco, o que é uma pena, dado o nível icónico atingido pela banda em tempos.
Sei, contudo, que a altura certa para parar é uma questão não só sensível como também altamente subjectiva. Achei, por exemplo, deprimentes as actuações dos Gang of Four* e dos The Cramps em Paredes de Coura (especialmente no segundo caso), apesar da crítica ter sido geralmente boa. Por outro lado, adorei ver os New Order no SBSR há dois anos**, enquanto parte considerável do press discordou comigo. Ainda assim, há alguns casos em que o consenso reina. Casos em que os anos passam e o fulgor das bandas em palco (bem como em estúdio) se mantém integralmente intacto. Depeche Mode, Rolling Stones (apesar de eu os odiar) e Iggy Pop (estes só ao vivo) constituem alguns exemplos. Qual é o segredo destas bandas? Sinceramente, não sei.
A explicação não passa certamente pela coesão e amizade dos membros da banda, já que é sabido, por exemplo, que sempre existiu grande tensão entre Dave Gahan e Martin Gore, no seio dos Depeche Mode, cujas actuações são, geralmente falando, irrepreensíveis.
Não sei qual é a explicação, mas há que louvar as bandas que nascem(?) com estes atributos inatos. Cada uma destas bandas terá o seu combustível que lhe permite ir em frente, sem pensar em parar. Se calhar, no caso dos Depeche Mode, a tensão é precisamente o seu combustível.
Infelizmente, acho que, no caso dos The Cure, a gasolina chegou ao fim. Ainda por cima a meio da autoestrada.


*Os Gang of Four nem deveriam entrar nesta comparação porque eles voltaram à actividade com o propósito claro de ganhar uns trocos, enquanto os The Cure têm-se mantido sempre activos como banda (embora com naturais oscilações de intensidade).
**Escusavam era de ter gritado "Long Live Christopher Columbus!!!" quando entraram em palco. E, há que admitir, estavam (e estão) um bocado gordos!

Tuesday, January 09, 2007

Não é possível!!!

"I never wanted to kill
I AM NOT NATURALLY EVIL
Such things I do
Just to make myself
More attractive to you
HAVE I FAILED?"


(Morrissey - "The last of the famous international playboys")

Monday, January 08, 2007

Qualidade musical mede-se aos palmos?

O vocalista dos Editors, Tom Smith, disse à revista New Musical Express (NME) que queria, no próximo álbum da banda (com lançamento previsto para Abril de 2007), competir com “big boys”, Killers e Razorlight, na “grandiosidade” do som. "There are four or five huge, massive sounding songs...”, disse Tom Smith à revista.
Aprendi a gostar (bastante) do álbum de estreia dos Editors, “The Black Room”, embora, no início, tenha achado que lhe faltava alguma personalidade, querendo a banda assemelhar-se aos Killers e aos Interpol, mas com menos chama. No entanto, decidi dar o benefício da dúvida à banda, esperando – inclusivamente com alguma ansiedade – pelo lançamento do segundo álbum.
Infelizmente, estas declarações desiludiram-me um pouco (embora não me tenham surpreendido). A banda não ficou indiferente ao sucesso comercial verificado pelos Killers e pelos Razorlight, nomeadamente após os lançamentos dos seus últimos álbuns – ambos ricos em melodias, orquestras, coros e “stadium rock”, pelo que quer repetir a fórmula, demonstrando, na minha opinião, pouca genuinidade criativa. Para além disso, há que ter em atenção que, por vezes, estas estratégias são arriscadas, porque a dita “grandiosidade musical” não está ao alcance de todos (já sentenciou muitas bandas). E será que os fãs de Editors querem que estes produzam “hinos”? Duvido, mas talvez esteja enganado. É uma questão de esperar mais uns meses para saber o que é que o álbum nos vai trazer: música "grandiosa", ou merda adornada, ao estilo de My Chemical Romance.

Thursday, January 04, 2007

My Morning Jacket - "Okonokos"


Conhecia mal os My Morning Jacket (MMI), antes de ouvir “Okonokos” – o mais recente álbum desta banda de Kentucky, que consiste na gravação do mítico concerto dado pela banda em Novembro de 2005 em São Francisco (nomeado para melhor concerto do ano, nos Jammys – “the awards show honoring live improvisational music” - Rolling Stone). Já tinha ouvido duas ou três músicas na Radar sem saber que eram da autoria dos MMI (nomeadamente “One Big Holiday” e “Anytime”), bem como conhecia “Where to begin”, música incluída na banda sonora de “Elizabethtown”.
Gostei muito daquilo que ouvi. Grandes riffs de guitarra, elementos psicadélicos, uma voz muito soul, embora por vezes em falsetto, alguns registos quasi-country... Metam Lynard Skynard, os Supertramp (oiçam “Anytime” e perceberão), Pearl Jam e os Radiohead numa trituradora e o resultado será parecido. Se juntarmos a estas características uma actuação “suada” (os MMI foram considerados pela revista Spin como sendo a 18ª melhor banda ao vivo na actualidade) que, na minha opinião, peca apenas por ser excessivamente longa, ficamos com um excelente álbum que serviu para me abrir os olhos para uma banda que já cá anda há uns bons aninhos (o seu primeiro álbum foi lançado em 1999). Recomendo o álbum, bem como o seu último álbum de estúdio, "Z", cujas críticas têm sido brilhantes.

Tuesday, January 02, 2007

The The - "Uncertain Smile"


Quem diria que o meu primeiro concerto de 2007 seria de... José Cid?

"Como o macaco gosta de banana" (José Cid)

(introdução assobiada)

A minha palmeira é muito porreira eu sei
Mas no meu deserto tu foste o oásis que achei
Tu ficas louquinha quando tiro a casca à banana
Ficas tão tontinha que a tua cauda abana.


[Refrão]:
Como o macaco gosta de banana eu gosto de ti (de banaaana!)
Escondi um cacho debaixo da cama e comi comi (de banaaana!)
Minha macaca gira e bacana
O teu focinho é que não me engana
Pois se a macaca gosta de banana tu gostas de mim
Como o macaco gosta de banana eu gosto de tiiiiii

(momento assobiado)

Um orangotango transformou um tango num rock
É a nova moda que põe Portugal em amok
Quem foi ao ataque foi o chimpanzé e o saguini
Minha macaquinha, estão apanhadinhos por ti (iii, iii, iii…)

(refrão)

(mais uma assobiadela)


Mais palavras para quê?

Sunday, December 24, 2006

Merry Christmas!!!

Dude! It's the Fucking 90's!!! - Parte 4

O duelo, Oasis versus Blur.

Oasis - "Acquiesce"


Blur - "Parklife"


Quem é que vocês preferem?

Friday, December 22, 2006

Perspectivas para 2007, em termos de novos álbuns, de acordo com a VH1... Esqueceram-se de alguns álbuns importantes, mas também não dá para exigir mais... da VH1!

Thursday, December 21, 2006

R.E.M.

Os R.E.M. são uma das minhas bandas preferidas.
Conseguiram fazer com que a sua carreira levasse um rumo pouco ortodoxo, mas sempre com a maior das dignidades.
Começaram por ser uma banda as indie as it gets (nomeadamente durante os anos em que estiveram ligados à editora I.R.S.). Passaram por uma fase comercial com os álbuns "Out of time" e "Automatic for the people" (embora sem "vender a alma ao diabo"), mas voltaram posteriormente às suas raízes alternativas, lançando uma série de álbuns - incompreendidos por parte daqueles fãs que a banda angariou durante a era comercial - mais experimentais e menos polidos, mas geralmente brilhantes ("Monster" sendo, na minha opinião, a excepção, enquanto "New adventures in hi-fi" é uma verdadeira obra de arte). Deixo aqui uma grande música dos R.E.M, de 1983, chamada "So central rain (I'm sorry)".
Acho que vão gostar. Mas se não gostarem, também não fico muito preocupado!

Wednesday, December 20, 2006

Querido Pai Natal...

A minha lista de CDs para o Pai Natal está completa. E como portei-me excepcionalmente bem este ano, vou recebê-los todos! Até porque o Pai Natal pediu-me para comprá-los, já que nem todos estavam à venda na FNAC e o conhecimento do barrigudo sobre plataformas de comercialização de CDs é escasso! Só espero que ele me pague, como prometeu.
A lista é a seguinte:

Yo La Tengo - "Prisoners of Love: A Smattering of Scintillating Senescent Songs: 1985-2003"
Yo La Tengo - "I Am Not Afraid Of You And I Will Beat Your Ass"
My Morning Jacket - "Okonokos (Live)"
The Beatles - "Love"
De La Soul - "Best Of..."
Vários Artistas - "Bairro Alto - Noite Loucas"

Deixo aqui um belo som para desfrutarem enquanto estudam exaustivamente a minha lista e pensam sobre a questão, colocada no post anterior, sobre o André Sardet.

Talk Talk - "It's my life":

Tuesday, December 19, 2006

Help!

Há uma coisa que me anda a atormentar. Por vezes acordo a meio da noite com suores frios a pensar no assunto. Trata-se de uma dúvida existencial que me deixa baralhado e abananado. E um tanto ou quanto atarantado.

(Suspense...)

De onde é que apareceu o André Sardet e PORQUE RAIO É QUE ELE ESTÁ A VENDER TANTOS CDs?!
Alguém me pode ajudar?

Monday, December 18, 2006

Guru - "Lifesaver"

O bichinho do old school hip hop voltou a picar-me.
Esta música pertence ao álbum Jazzmatazz - Volume II The New Reality (1995). É um grande álbum onde o hip hop e o (pseudo) jazz se fundem na perfeição. Outra grande música do álbum, para a qual não encontrei vídeo, é a "Young Ladies" (feat. Patra). Saquem-na da net, se tiverem paciência. Ou melhor ainda, saquem o álbum todo.

Monday, December 11, 2006

Battle - "Demons"



Os membros dos Battle conheceram-se há cerca de dez anos, no sul de Londres, embora o seu EP de estreia, "Back to earth", apenas tenha sido lançado há cerca de mês e meio, por intermédio da editora Transgressive Records. Esta banda, que já abriu para concertos dos Bloc Party (também originários do sul de Londres), faz-me lembrar uns Libertines mais bem dispostos. Gosto de Libertines e gosto de boa disposição, pelo que já encomendei "Back to earth" através do HMV. Até pq este EP foi gravado em Surrey, no mesmo estúdio em que foi gravado o melhor álbum do mundo e arredores, "The Queen is Dead" dos The Smiths. Seria interessante se eles abrissem para os Bloc Party em Lisboa. Ai seria, seria.

Sunday, December 10, 2006

2006: Os Concertos


O ano está quase a acabar, pelo que acho que chegou o momento adequado para reflectir sobre aquilo que 2006 nos trouxe em termos musicais. No meu caso, trouxe muitos, muitos concertos, por isso é sobre eles que eu vou falar primeiro.
Foi, de longe, o ano da minha vida em que assisti a mais concertos. Tanto concertos em “nome próprio”, como festivais de verão (e não só) – Rock in Rio, Lisboa Soundz, Paredes de Coura e, mais recentemente, o festival da Radar.
Alguns destes concertos foram de artistas/bandas que venero (inclusivamente pertencentes ao meu Top 10) e que sonhava ver ao vivo. Depeche Mode, Guns N’ Roses (Rock in Rio), The Strokes (Lisboa Soundz) e Morrissey (Paredes de Coura) constituem os exemplos mais gritantes. Adorei os quatro, embora o concerto dos Guns N’ Roses (or should I say, do Axl Rose) tenha ficado aquém dos restantes três.
No que diz respeito a excelentes concertos de artistas/bandas fora do meu Top 10, mas que já conhecia bem, não posso deixar de mencionar os concertos de John Butler Trio, Matisyahu, Bloc Party (possivelmente o melhor concerto de Paredes de Coura), Yeah Yeah Yeahs (Paredes de Coura), GNR (Continuação), Lloyd Cole… Todos eles grandes concertos, à sua maneira.
Também fiz muitas descobertas, assistindo a excelentes concertos de bandas que não conhecia tão bem. Alguns exemplos incluem Broken Social Scene (Paredes de Coura), !!! (Chk Chk Chk) (Paredes de Coura), She Wants Revenge (Lisboa Soundz), Lisa Germano (Festival Radar) e Yo La Tengo (Festival Radar).
Maior desilusão? Possivelmente Nouvelle Vague, no Paradise Garage. Quando se tira o sal a uma actuação de uma banda fortemente dependente do tempero que aplica ás suas versões, pouco resta… Só me deu ainda mais vontade de ir para casa ouvir as versões originais dos seus temas.
Torna-se complicado fazer um top 5, ou top 10, racional, porque o factor “emotivo” que está associado a ver ao vivo determinados artistas/bandas interfere com a avaliação objectiva das suas actuações. Por exemplo, em Paredes de Coura, a melhor actuação creio que terá sido a de Bloc Party, embora, para mim, o concerto mais memorável tenha sido o de Morrissey.
Consequentemente, não vou fazer nenhum ranking.
Agora chegou o momento em que vou fazer uma tentativa frustrada de dinamizar o meu blog, apelando à interactividade dos leitores:
Como correu o vosso ano de 2006, a nível de concertos? Heim?

Monday, December 04, 2006

Festival Radar


Que para o ano haja mais.
Parabéns!

Yo La Tengo em Lisboa (Festival Radar)


Dia 3 de Dezembro - Aula Magna, Lisboa

Os Yo La Tengo são uma banda de contrastes. Tanto são capazes de produzir Rock do mais barulhento que há, assemelhando-se aos Sonic Youth num dia de mau humor,como criar melodias que meteriam inveja aos Beach Boys e aos Byrds. Juntamente com estes estilos opostos coabitam ainda canções mais calmas, melancólicas, polidas, por vezes alucinantes e/ou psicadélicas... quase que homenageando The Velvet Underground e The Doors.
Esta mescla de estilos foi patente no concerto de ontem. De igual forma, o vocalista da banda de New Jersey, Ira Kaplan, tanto parecia estar longe, longe da Aula Magna, como parecia o guy next door, conversando com a plateia ou mesmo puxando membros do público para o palco, sempre com a maior das descontracções (ao fim ao cabo, a banda tem mais de 20 anos de carreira). Surpreendentemente (ou não?), estas "incoerências" fundiram-se todas, dando lugar a um espectáculo extremamente consistente e rico, tendo o setlist principal acabado em grande, com a banda a saltar do palco e, após passar por entre o público a cantar, sair pela porta do público. Seguiram-se ainda três (!) encores - tal como no concerto de Lisa Germano, o público presente na Aula Magna parecia não querer que o concerto acabasse.
Mas, infelizmente, acabou. Quase duas horas e meia depois de se ter iniciado.
Há uns posts atrás, questionei-me sobre a existência ou não do conceito de música indie. E ontem, na Aula Magna, obtive a resposta. Não só existe como tem um representante na terra, chamado Yo La Tengo.

Sunday, December 03, 2006

Lisa Germano - "Red Thread"


Live in New York (October, 2006)
A música pertence ao álbum mais recente de Lisa Germano, "In the maybe world".

Lisa Germano em Lisboa (Festival Radar)


Dia 2 de Dezembro – Santiago Alquimista, Lisboa

Dirigi-me ao Santiago Alquimista sem saber bem o que esperar. Aquilo que eu conhecia de Lisa Germano resumia-se a um dos singles de apresentação do seu mais recente álbum, “In the maybe world”, que tem passado com alguma insistência na Radar FM, e a dois ou três vídeos que encontrei no youtube.
A (pequena) sala estava a abarrotar e concerto foi brilhante. Lisa Germano é uma figura amorosa, comunicativa (embora de alguma forma insegura), doce e irresistivelmente desvairada. Esta “menina” americana (que já se encontra na casa dos quarenta... quem diria?), de voz extremamente suave, cativou o público desde o minuto em que entrou em palco, tendo lá permanecido durante cerca de hora e meia, sozinha, apenas na companhia da guitarra e do piano. Partilhou histórias, riu-se, atrapalhou-se, riu-se como sequência das suas atrapalhações… e hipnotizou o público com as suas canções (por vezes agri)doces e melancólicas. Ninguém queria que ela se fosse embora. E ela, evidentemente, apercebeu-se disso, premiando-nos com meia hora de músicas escolhidas por membros do público e com vários encores.
Façam-me um favor e leiam o review do concerto escrito por Ana Baptista do Disco Digital, já que ela conseguiu exprimir, bem melhor do que eu, o sentimento geral que se patenteava naquela sala...
E, mais importante do que isso, comprem uns CD’s de Lisa Germano. Não se arrependerão.

Monday, November 27, 2006


Os Eagles of Death Metal – que estiveram presentes na edição deste ano do Festival Paredes de Coura – supostamente seriam uma das bandas de abertura dos Guns N’Roses em 15 dos concertos inseridos na actual digressão destes últimos pela América do Norte.
No entanto, parece que o primeiro concerto da banda de Jesse “The Devil” Hughes não correu lá muito bem, tendo a banda sido fortemente vaiada pelos fãs de Guns.
Axl Rose, aquando da entrada dos GN´R em palco, agradeceu a todas as bandas de abertura, à excepção dos EODM, que ele denominou como “Pigeons of Shit Metal”, prometendo ainda que aquele seria o último concerto dos EODM naquela digressão.
É pena, porque eu até gostei da actuação dos EODM em Paredes de Coura. Foi uma dose de Rock N’ Roll à moda antiga, aliada a uma excelente disposição do vocalista da banda. Esta boa disposição reflectiu-se novamente no comunicado emitido pela banda após este pequeno “incidente”:

"At first the audience refused to welcome us to the jungle, but by the time we took our final bow, it had become paradise city. Although Axl tried to November rain on our parade, no sweet child o' mine can derail the EODM night train. We say live and let die."

São coisas que acontecem… E podia ter sido bem pior. Ainda este ano, num conceituado festival de verão no Reino Unido, o vocalista dos Panic! At the Disco foi atingido na cabeça por uma garrafa.
São ossos do ofício, sem dúvida.

Dude! It's the Fucking 90's!!! - Parte 3


Shabba Ranks - "Mr. Loverman" (1992).

Sunday, November 26, 2006

Arcade Fire Live @ Paredes de Coura (2005)


A música que a banda está a tocar chama-se "Neighborhood #2" e é retirada do álbum "Funeral".

Friday, November 24, 2006

To indie or not to indie?


A partir do momento em que indie é fashion e que grande parte dos artistas indie de que nós falamos têm acordos com editoras major, deixarão estes artistas de ser indie? São eles mainstream? E os artistas que, já à partida, produzem música comercial, são o que? Super-pop? Hiper-pop? Se a escala for essa então Ivete Sangalo é um Discount Store ... em saldos!
Já ninguém gosta de MC Hammer, por exemplo. Se ele, que foi "abandonado" pela sua editora, auto-produzisse (não estivesse ele falido) um álbum novo, e este não tivesse aceitação comercial nenhuma, passaria ele a ser indie? O grau de "indieness" calcula-se com base no número de discos vendidos? Na roupa? No estilo de música? Se fosse no estilo de música, então como é possível Lisa Germano e Franz Ferdinand ambos serem considerados indie? (um de vários exemplos). Se eu gravasse um demo de mim a cantar no duche e nem a minha mãe o quisesse ouvir, seria eu indie também? Quem sou eu? E porque raio é que eu estou a escrever esta merda em vez de acabar o relatório que tenho que entregar na segunda?

Thursday, November 23, 2006

Peter Murphy

Tal como Lloyd Cole, Peter Murphy (ex-Bauhaus) também teve uma carreira a solo com muitos altos e baixos. Esta inconsistência é evidente em “Wild Birds 1985-1995” (a colectânea em formato "best of", lançada pelo artista em 2000), onde os clássicos como "Cuts You Up", "The scarlet thing in you", "Indigo eyes", "Hit song", "I'll fall with your knife", entre outros, coabitam com outros registos, na minha opinião, mais fracos. Mas não há dúvida que Peter Murphy sabe criar ambientes que têm tanto de melancólicos como de alucinantes. E a sua voz quase que hipnotiza. Já David J., seu bandmate nos tempos de Bauhaus, dizia: "It is a voice that demands attention and always, always gets it".
See for yourselves. Aqui estão os meus personal favourites:

"Cuts you up" (1990)




"Hit Song" (1992)

Wednesday, November 22, 2006

Curtas... mas boas!

- Concerto de David Fonseca na Aula Magna esgotado. Fuck (para mim). Excelente (para ele).

- Thom Yorke (Radiohead) quer que a sua banda grave uma versão daquilo que ele considera ser a sua canção preferida: "Unravel" de Bjork.

- Decorrente do recebimento antecipado de uma prenda de anos, já tenho bilhetes para os concertos de Lisa Germano (2 de Dezembro) e Yo La Tengo (3 de Dezembro) - fazendo ambos estes concertos parte do festival Radar. Yuppie!

- Julian Casablancas (The Strokes) considerou "excelente" o álbum de estreia de Albert Hammond Jr. (guitarrista dos The Strokes que se aventurou - temporariamente, esperamos - a solo).

- Curiosamente, e ao contrario daquilo que eu esperaria, Casablancas foi o único membro dos The Strokes a defender a inclusão das contribuições de Albert Hammond Jr. na "produção" colectiva da banda. Os restantes três membros (que, segundo consta, pouco contribuem para as composições) é que as "vetaram".

- Albert Hammond Sr. (pai de Albert Hammond Jr.), também ligado ao mundo da música, produziu o (piroso, embora clássico - because we love the 80's) tema "nothing's gonna stop us now" dos Starship. E esta, heim?

- Não vou ao Festival para Gente Sentada. Vai ter que ficar para o ano.

Gostaram da irracional e ilógica sequência das minha ideias?

Lloyd Cole em Lisboa


Dia 21 de Novembro - Aula Magna, Lisboa.

Lloyd Cole entrou em palco às 21:43, dando de caras com uma Aula Magna com pouco mais de metade dos lugares ocupados. Mas isso não o parece ter incomodado, até porque, dada a proximidade das pessoas, a sala parecia bastante composta.
Durante uma hora e vinte minutos, e apenas na companhia do guitarrista Neil Clarke (ex-Commotions), Lloyd Cole deu uma actuação sólida, em regime "quasi-unplugged", escolhendo um reportório - de 20 músicas - que tanto incluía os principais hits da sua carreira de mais de 20 anos (com e sem Commotions), como temas do seu último álbum , "Antidepressant" (que parece ser bom).
Foi um espectáculo extremamente agradável. A carreira de Lloyd Cole pode ter sido de alguma forma irregular, mas o artista já produziu material suficiente para elaborar um set list de grande qualidade - sobre isto não há dúvida. Pontos altos da noite? "Are you ready to be heartbroken?"?, "Jennifer she said"? "Like lovers do?" É difícil fazer-se esta análise, porque o concerto foi muito consistente, sem grandes fugas ao conceito de "agradável". Nesse aspecto, fez-me lembrar o concerto (também unplugged) de Josh Rouse no Forum Lisboa, há cerca de 2 anos.
Salienta-se ainda a simpatia e tranquilidade de Lloyd Cole, bem como o seu sentido de humor apurado. Estes elementos também ajudaram à festa, fazendo esquecer um ou outro problema "técnico" que a dupla teve em palco.
Foram 17 € bem gastos.
Bravo, Lloyd. Bravo.

Tuesday, November 21, 2006


Como é que a cidade de onde são provenientes bandas de culto como New Order, The Smiths e The Stone Roses, foi também capaz de "dar luz" aos Bee Gees, aos Simply Red e aos Take That?
Ps - Já agora, a cidade de que estou a falar é Manchester.
Ps2 - Se não sabiam isso, então vejam rapidamente o "24 Hour Party People" - na minha opinião, o melhor filme/documentário musical desde "The Doors", de Oliver Stone.

Sunday, November 19, 2006

Lloyd Cole, muitas vezes acusado de imitar Lou Reed, apenas conseguiu atingir sucesso moderado como artista a solo. Os seus tempos áureos ocorreram na companhia do seu sideband, os Commotions, banda esta que se evidenciou no circuito universitário britânico (onde esgotavam campus atrás de campus) no início dos anos 80, tendo alcançado o tão desejado sucesso comercial a partir de 1984/1985, anos em que a banda lançou os álbuns Rattlesnakes e Easy Pieces. A carreira a solo de Lloyd Cole nasceu em 1989, ano em que os Commotions acabaram. Contudo, tanto a crítica como o sucesso comercial dos seus álbuns têm sido irregulares. Ainda assim, fica na memória uma mão cheia de hits . Lloyd Cole lançou este ano mais um álbum de estúdio, intitulado Antidepressant, registo que este virá apresentar na Aula Magna esta terça feira, dia 21 de Novembro. Lá estarei (espero), embora na esperança de assistir a uma retrospectiva da carreira do artista, tanto a solo como com os Commotions, e não apenas a uma apresentação dos novos temas.
Fica aqui um clássico dos Lloyd Cole & The Commotions, chamado "Are you ready to be heartbroken?".

Thursday, November 16, 2006

Guess who's back

O Projecto Marginal está de volta com mais uma festa no Ateneu. Relembro que o Projecto Marginal organizou a excelente festa Retro 80's, também no Ateneu, que ocorreu há cerca de um mês. As memórias que tenho dessa festa são muito boas, pelo que, se puder, voltarei a marcar presença no Ateneu, desta vez para uma festa que tem como objectivo captar transversalmente alguns dos grandes momentos do Rock, vividos desde os anos 60 até a actualidade. "Desde (Jim) Morrison a (Julian) Casablancas", referem os organizadores, no site oficial.
Será mais uma noite em que a música será principal protagonista, pelo que a festa tem todo o apoio da (extensa) equipa do Muzik4theMasses.

Osbilhetescustam4euroseasentradassãolimitadasaostockexistente.

Monday, November 13, 2006

Desireless - "Voyage Voyage"


Fonzie: Esta é para ti!

Muzik4theMasses LIVE - Update

2006

Lloyd Cole – 21 de Novembro (Aula Magna) ****
Violent Femmes – 23 de Novembro (Coliseu dos Recreios) *
David Fonseca – 23 de Novembro (Aula Magna) **** (Quase Esgotado!)
Festival para Gente Sentada - 24 e 25 de Novembro (Santa Maria da Feira) *** (a)
Adam Green - 25 de Novembro (Clube Lua - Jardim do Tabaco)** (a)
Gotan Project – 26 de Novembro (Coliseu dos Recreios) *
Stuart Staples (Concerto Radar) - 1 de Dezembro (Aula Magna)**
Lisa Germano (Concerto Radar)– 2 de Dezembro (Santiago Alquimista) **
Yo La Tengo (Concerto Radar) - 3 de Dezembro (Aula Magna)****
Cat Power (Concerto Radar) - 4 de Dezembro (Aula Magna)**
Lambchop – 10 de Dezembro (Aula Magna) *

2007

Riders on the Storm (Celebração do 40º Aniversário dos The Doors) – 13 de Janeiro (2007) – Coliseu dos Recreios **
Nine Inch Nails – 10,11 e 12 de Fevereiro (Coliseu dos Recreios)***
Yann Tiersen - 7 de Março (Aula Magna)***

A probabilidade de eu ir vai de * (muito pouco provável) a ***** (vou GARANTIDAMENTE)

(a) eventos mutuamente exclusivos, sendo que a um deles irei de certeza.

Festival para Gente Sentada



Gostava de ir, mas tenho que pesar bem os prós e contras:

Prós
+ Gosto muito do (pouco) que já ouvi de Sparklehorse, Adam Green e Ed Hardcourt (aconselho-vos a irem ao youtube "checkarem" actuações e videoclips);
+ É um conceito diferente de festival, onde a intimidade substitui a euforia. Gosto de experiências (musicais) novas;
+ Os ingressos são baratos (Bilhete 1 noite: 15 €; Bilhete para duas noites: 20 €).

Contras
- O fim-de-semana sairia caro;
- Não conheço (penso eu) Fink, Staurt Robertson e Emiliana Torrini;
- O fim-de-semana sairia caro;
- Tive no Porto há uma semana (36 km de Santa Maria da Feira);
- O fim-de-semana sairia caro.

Se alguém estiver minimamente interessado, que avise.