Monday, November 27, 2006


Os Eagles of Death Metal – que estiveram presentes na edição deste ano do Festival Paredes de Coura – supostamente seriam uma das bandas de abertura dos Guns N’Roses em 15 dos concertos inseridos na actual digressão destes últimos pela América do Norte.
No entanto, parece que o primeiro concerto da banda de Jesse “The Devil” Hughes não correu lá muito bem, tendo a banda sido fortemente vaiada pelos fãs de Guns.
Axl Rose, aquando da entrada dos GN´R em palco, agradeceu a todas as bandas de abertura, à excepção dos EODM, que ele denominou como “Pigeons of Shit Metal”, prometendo ainda que aquele seria o último concerto dos EODM naquela digressão.
É pena, porque eu até gostei da actuação dos EODM em Paredes de Coura. Foi uma dose de Rock N’ Roll à moda antiga, aliada a uma excelente disposição do vocalista da banda. Esta boa disposição reflectiu-se novamente no comunicado emitido pela banda após este pequeno “incidente”:

"At first the audience refused to welcome us to the jungle, but by the time we took our final bow, it had become paradise city. Although Axl tried to November rain on our parade, no sweet child o' mine can derail the EODM night train. We say live and let die."

São coisas que acontecem… E podia ter sido bem pior. Ainda este ano, num conceituado festival de verão no Reino Unido, o vocalista dos Panic! At the Disco foi atingido na cabeça por uma garrafa.
São ossos do ofício, sem dúvida.

Dude! It's the Fucking 90's!!! - Parte 3


Shabba Ranks - "Mr. Loverman" (1992).

Sunday, November 26, 2006

Arcade Fire Live @ Paredes de Coura (2005)


A música que a banda está a tocar chama-se "Neighborhood #2" e é retirada do álbum "Funeral".

Friday, November 24, 2006

To indie or not to indie?


A partir do momento em que indie é fashion e que grande parte dos artistas indie de que nós falamos têm acordos com editoras major, deixarão estes artistas de ser indie? São eles mainstream? E os artistas que, já à partida, produzem música comercial, são o que? Super-pop? Hiper-pop? Se a escala for essa então Ivete Sangalo é um Discount Store ... em saldos!
Já ninguém gosta de MC Hammer, por exemplo. Se ele, que foi "abandonado" pela sua editora, auto-produzisse (não estivesse ele falido) um álbum novo, e este não tivesse aceitação comercial nenhuma, passaria ele a ser indie? O grau de "indieness" calcula-se com base no número de discos vendidos? Na roupa? No estilo de música? Se fosse no estilo de música, então como é possível Lisa Germano e Franz Ferdinand ambos serem considerados indie? (um de vários exemplos). Se eu gravasse um demo de mim a cantar no duche e nem a minha mãe o quisesse ouvir, seria eu indie também? Quem sou eu? E porque raio é que eu estou a escrever esta merda em vez de acabar o relatório que tenho que entregar na segunda?

Thursday, November 23, 2006

Peter Murphy

Tal como Lloyd Cole, Peter Murphy (ex-Bauhaus) também teve uma carreira a solo com muitos altos e baixos. Esta inconsistência é evidente em “Wild Birds 1985-1995” (a colectânea em formato "best of", lançada pelo artista em 2000), onde os clássicos como "Cuts You Up", "The scarlet thing in you", "Indigo eyes", "Hit song", "I'll fall with your knife", entre outros, coabitam com outros registos, na minha opinião, mais fracos. Mas não há dúvida que Peter Murphy sabe criar ambientes que têm tanto de melancólicos como de alucinantes. E a sua voz quase que hipnotiza. Já David J., seu bandmate nos tempos de Bauhaus, dizia: "It is a voice that demands attention and always, always gets it".
See for yourselves. Aqui estão os meus personal favourites:

"Cuts you up" (1990)




"Hit Song" (1992)

Wednesday, November 22, 2006

Curtas... mas boas!

- Concerto de David Fonseca na Aula Magna esgotado. Fuck (para mim). Excelente (para ele).

- Thom Yorke (Radiohead) quer que a sua banda grave uma versão daquilo que ele considera ser a sua canção preferida: "Unravel" de Bjork.

- Decorrente do recebimento antecipado de uma prenda de anos, já tenho bilhetes para os concertos de Lisa Germano (2 de Dezembro) e Yo La Tengo (3 de Dezembro) - fazendo ambos estes concertos parte do festival Radar. Yuppie!

- Julian Casablancas (The Strokes) considerou "excelente" o álbum de estreia de Albert Hammond Jr. (guitarrista dos The Strokes que se aventurou - temporariamente, esperamos - a solo).

- Curiosamente, e ao contrario daquilo que eu esperaria, Casablancas foi o único membro dos The Strokes a defender a inclusão das contribuições de Albert Hammond Jr. na "produção" colectiva da banda. Os restantes três membros (que, segundo consta, pouco contribuem para as composições) é que as "vetaram".

- Albert Hammond Sr. (pai de Albert Hammond Jr.), também ligado ao mundo da música, produziu o (piroso, embora clássico - because we love the 80's) tema "nothing's gonna stop us now" dos Starship. E esta, heim?

- Não vou ao Festival para Gente Sentada. Vai ter que ficar para o ano.

Gostaram da irracional e ilógica sequência das minha ideias?

Lloyd Cole em Lisboa


Dia 21 de Novembro - Aula Magna, Lisboa.

Lloyd Cole entrou em palco às 21:43, dando de caras com uma Aula Magna com pouco mais de metade dos lugares ocupados. Mas isso não o parece ter incomodado, até porque, dada a proximidade das pessoas, a sala parecia bastante composta.
Durante uma hora e vinte minutos, e apenas na companhia do guitarrista Neil Clarke (ex-Commotions), Lloyd Cole deu uma actuação sólida, em regime "quasi-unplugged", escolhendo um reportório - de 20 músicas - que tanto incluía os principais hits da sua carreira de mais de 20 anos (com e sem Commotions), como temas do seu último álbum , "Antidepressant" (que parece ser bom).
Foi um espectáculo extremamente agradável. A carreira de Lloyd Cole pode ter sido de alguma forma irregular, mas o artista já produziu material suficiente para elaborar um set list de grande qualidade - sobre isto não há dúvida. Pontos altos da noite? "Are you ready to be heartbroken?"?, "Jennifer she said"? "Like lovers do?" É difícil fazer-se esta análise, porque o concerto foi muito consistente, sem grandes fugas ao conceito de "agradável". Nesse aspecto, fez-me lembrar o concerto (também unplugged) de Josh Rouse no Forum Lisboa, há cerca de 2 anos.
Salienta-se ainda a simpatia e tranquilidade de Lloyd Cole, bem como o seu sentido de humor apurado. Estes elementos também ajudaram à festa, fazendo esquecer um ou outro problema "técnico" que a dupla teve em palco.
Foram 17 € bem gastos.
Bravo, Lloyd. Bravo.

Tuesday, November 21, 2006


Como é que a cidade de onde são provenientes bandas de culto como New Order, The Smiths e The Stone Roses, foi também capaz de "dar luz" aos Bee Gees, aos Simply Red e aos Take That?
Ps - Já agora, a cidade de que estou a falar é Manchester.
Ps2 - Se não sabiam isso, então vejam rapidamente o "24 Hour Party People" - na minha opinião, o melhor filme/documentário musical desde "The Doors", de Oliver Stone.

Sunday, November 19, 2006

Lloyd Cole, muitas vezes acusado de imitar Lou Reed, apenas conseguiu atingir sucesso moderado como artista a solo. Os seus tempos áureos ocorreram na companhia do seu sideband, os Commotions, banda esta que se evidenciou no circuito universitário britânico (onde esgotavam campus atrás de campus) no início dos anos 80, tendo alcançado o tão desejado sucesso comercial a partir de 1984/1985, anos em que a banda lançou os álbuns Rattlesnakes e Easy Pieces. A carreira a solo de Lloyd Cole nasceu em 1989, ano em que os Commotions acabaram. Contudo, tanto a crítica como o sucesso comercial dos seus álbuns têm sido irregulares. Ainda assim, fica na memória uma mão cheia de hits . Lloyd Cole lançou este ano mais um álbum de estúdio, intitulado Antidepressant, registo que este virá apresentar na Aula Magna esta terça feira, dia 21 de Novembro. Lá estarei (espero), embora na esperança de assistir a uma retrospectiva da carreira do artista, tanto a solo como com os Commotions, e não apenas a uma apresentação dos novos temas.
Fica aqui um clássico dos Lloyd Cole & The Commotions, chamado "Are you ready to be heartbroken?".

Thursday, November 16, 2006

Guess who's back

O Projecto Marginal está de volta com mais uma festa no Ateneu. Relembro que o Projecto Marginal organizou a excelente festa Retro 80's, também no Ateneu, que ocorreu há cerca de um mês. As memórias que tenho dessa festa são muito boas, pelo que, se puder, voltarei a marcar presença no Ateneu, desta vez para uma festa que tem como objectivo captar transversalmente alguns dos grandes momentos do Rock, vividos desde os anos 60 até a actualidade. "Desde (Jim) Morrison a (Julian) Casablancas", referem os organizadores, no site oficial.
Será mais uma noite em que a música será principal protagonista, pelo que a festa tem todo o apoio da (extensa) equipa do Muzik4theMasses.

Osbilhetescustam4euroseasentradassãolimitadasaostockexistente.

Monday, November 13, 2006

Desireless - "Voyage Voyage"


Fonzie: Esta é para ti!

Muzik4theMasses LIVE - Update

2006

Lloyd Cole – 21 de Novembro (Aula Magna) ****
Violent Femmes – 23 de Novembro (Coliseu dos Recreios) *
David Fonseca – 23 de Novembro (Aula Magna) **** (Quase Esgotado!)
Festival para Gente Sentada - 24 e 25 de Novembro (Santa Maria da Feira) *** (a)
Adam Green - 25 de Novembro (Clube Lua - Jardim do Tabaco)** (a)
Gotan Project – 26 de Novembro (Coliseu dos Recreios) *
Stuart Staples (Concerto Radar) - 1 de Dezembro (Aula Magna)**
Lisa Germano (Concerto Radar)– 2 de Dezembro (Santiago Alquimista) **
Yo La Tengo (Concerto Radar) - 3 de Dezembro (Aula Magna)****
Cat Power (Concerto Radar) - 4 de Dezembro (Aula Magna)**
Lambchop – 10 de Dezembro (Aula Magna) *

2007

Riders on the Storm (Celebração do 40º Aniversário dos The Doors) – 13 de Janeiro (2007) – Coliseu dos Recreios **
Nine Inch Nails – 10,11 e 12 de Fevereiro (Coliseu dos Recreios)***
Yann Tiersen - 7 de Março (Aula Magna)***

A probabilidade de eu ir vai de * (muito pouco provável) a ***** (vou GARANTIDAMENTE)

(a) eventos mutuamente exclusivos, sendo que a um deles irei de certeza.

Festival para Gente Sentada



Gostava de ir, mas tenho que pesar bem os prós e contras:

Prós
+ Gosto muito do (pouco) que já ouvi de Sparklehorse, Adam Green e Ed Hardcourt (aconselho-vos a irem ao youtube "checkarem" actuações e videoclips);
+ É um conceito diferente de festival, onde a intimidade substitui a euforia. Gosto de experiências (musicais) novas;
+ Os ingressos são baratos (Bilhete 1 noite: 15 €; Bilhete para duas noites: 20 €).

Contras
- O fim-de-semana sairia caro;
- Não conheço (penso eu) Fink, Staurt Robertson e Emiliana Torrini;
- O fim-de-semana sairia caro;
- Tive no Porto há uma semana (36 km de Santa Maria da Feira);
- O fim-de-semana sairia caro.

Se alguém estiver minimamente interessado, que avise.

Wednesday, November 08, 2006

Discos Voadores - Esta Sexta-Feira


Se quiserem saber que tipo de música podem esperar, vão ao blog da Radar.
Obrigado pela dica Spit!

Tuesday, November 07, 2006

The Streets - "Prangin' Out"


Say no to (heavy) drugs, dudes.
De acordo com Mike Skinner (mentor dos The Streets), a expressão "Prangin' Out" quer dizer tomar cocaína (cocaína="prang")...
O videoclip é alucinante. See for yourselves.

Monday, November 06, 2006

Top 10

Estava a voltar para casa, após uma longa sessão laboral, quando uma dúvida existencial atravessou a minha frágil mente: Quais é que são as minhas 10 bandas preferidas? Cheguei a casa, dei um calduço à minha mãe, agarrei numa folha de papel e numa caneta, estudei a minha colecção de CD's e comecei a fazer a lista, que iria também incluir artistas a solo (esta última foi uma decisão difícil). Apresento seguidamente o resultado (em nenhuma ordem especial):

The Smiths
Morrissey
The Killers
The Strokes
The Doors
Guns N' Roses
R.E.M.
The Cure
The Streets
Depeche Mode

Saliento que esta lista é dinâmica, podendo alterar-se de um dia para o outro. Por exemplo, se comparasse o meu Top 10 agora com aquele que eu teria feito há 10 anos, provavelmente apenas os Guns n' Roses, The Doors e R.E.M. seriam "repetentes".

Constatei que 6 das 10 bandas/músicos da minha lista têm "The" no nome.
Uma banda proveniente dos anos 60, quando a fúria dos "The" (Beatles, Byrds, Animals, etc.) se iniciou; duas bandas que surgiram no final dos anos 70/início de anos 80, quando houve a primeira, embora mais moderada, "reciclagem" do fenómeno dos "The" (Clash, Specials, Stone Roses, etc.), nomeadamente no Reino Unido; e três bandas que apareceram no início do século XXI - onde o verdadeiro comeback dos "The" aterrou no mundo da música com um estrondo (White Stripes, Libertines, Hives, etc.).
Já repararam que este meu último parágrafo não teve qualquer tipo de relevância?

Desafio-vos a elaborarem a vossa lista.

Friday, November 03, 2006

2006 EMA's

Vá lá... Nem todos os prémios dos EMA's foram mal entregues ... Os Gnarls Barkley levaram para casa dois prémios (um deles de melhor canção, com "Crazy"), os Depeche Mode ganharam o prémio de melhor banda (STANDING OVATION), os Muse de melhor banda Alternativa (não os considero bem alternativos, mas aceita-se a escolha), os Killers de melhor banda Rock (STANDING OVATION PARTE II), Kanye West de melhor artista Hip Hop...
Podia ter sido bem pior.

Thursday, November 02, 2006

Depeche Mode - "Martyr"


Grande Videoclip. Grande Música. Grande Banda.
Que ganhem hoje o prémio de "Best Band" na merda dos EMA's. Não há dúvida que merecem o reconhecimento.

Wednesday, November 01, 2006

ContinuAcção

Os GNR continuam em forma. E isso foi evidente no concerto de cerca de duas horas que a banda deu ontem, num Coliseu dos Recreios praticamente esgotado.
Contudo, o início do concerto foi desastroso, com o primeiro convidado da noite, The Legendary Tiger Man, a ferir os ouvidos do público com um cover de “Portugal na CEE”, com desafinação total e sérios problemas técnicos incluídos no pacote.
A entrada em palco dos GNR também foi morna, com “Popless” a não conseguir entusiasmar excessivamente as 3 mil pessoas presentes. O tema seguinte, “Sexta-Feira”, foi o primeiro bom momento da noite, abrindo caminho para (várias) mãos cheias de temas – alguns antigos, outros recentes, alguns grandes hits, outros nem tanto.
Eu eliminaria alguns temas do alinhamento, já que não adoro toda a obra da banda, mas acho que os momentos altos mais que compensaram aqueles que não me entusiasmaram tanto. Também achei exagerado o número de convidados, apesar de ter gostado da segunda participação do rapper NBC e das “covinhas mais sexys do Rock n' Roll” da Sónia Tavares (The Gift).
Rui Reininho tem uma presença formidável – com um visual semelhante ao de artistas como Bryan Ferry ou David Byrne. É uma figura que tem tanto de fascinante como de arrogante (Morrissey style), mas que sabe o que está a fazer e, não obstante a sua idade, sabe proporcionar um bom espectáculo de Rock.
Para mim, os momentos altos da noite foram “Pronúncia do Norte”, “Mais Vale Nunca”, “Efectivamente”, “Sub-16”, “Ana Lee”, “Dunas” e, com larga vantagem face aos restantes, “Sangue Oculto” – que achei arrepiante.
A banda não só deu uma actuação consistente, como também se esmerou com o jogo de luzes e ecrãs no palco (do mais rico que já assisti no Coliseu dos Recreios), embora tenha achado excessiva a iluminação geral da sala.
Foi um concerto que teve sabor a festa. Quer se goste quer não, os GNR são dos nomes com maior peso no panorama musical nacional, pelo que a banda está de parabéns, pela actuação de ontem e, fundamentalmente, pelos seus 25 anos de carreira.